Como é a cobertura de órteses e próteses pelos planos de saúde?
Se você teve uma cirurgia ortopédica suspensa, adiada ou está com dificuldades para agendar o procedimento por falta de acordo entre o seu médico e o convênio, saiba que essa é uma situação mais comum do que deveria — mas que tem solução.
A medicina brasileira, especialmente na área de cirurgia do joelho, está atualizada com o que há de mais moderno no mundo. Graças ao avanço dos cursos práticos, acesso digital a novas técnicas e à presença das principais empresas de tecnologia médica no país, os ortopedistas brasileiros estão plenamente capacitados a oferecer tratamentos seguros, atualizados e eficazes.
Porém, em alguns casos, o impasse surge quando o plano de saúde não aprova o uso de determinados materiais ou técnicas recomendadas pelo médico. Isso pode ocorrer por critérios econômicos, desatualização dos protocolos internos do convênio ou divergência sobre o tipo de material cirúrgico indicado.
O que muitos pacientes desconhecem é que existe uma regulamentação clara sobre esse assunto. Pela Lei nº 9.656/1998 e pela Resolução Normativa nº 424/2017 da ANS, o médico assistente tem a prerrogativa de escolher os materiais cirúrgicos (como próteses, órteses e demais itens), desde que estejam devidamente registrados na Anvisa. Quando há discordância entre médico e plano de saúde, a operadora deve convocar uma junta médica — e arcar com os custos dessa avaliação, sem prejuízo ao paciente.
Ou seja, o que está em jogo não é apenas uma questão burocrática. É a sua saúde, sua qualidade de vida e o respeito ao direito de receber o tratamento mais adequado para o seu caso. Nenhum plano pode substituir o julgamento clínico do médico que acompanha você.
Antes de aceitar o adiamento indefinido ou a substituição de materiais por opções inferiores, informe-se. Peça ao seu médico o laudo técnico, conheça seus direitos e, se necessário, solicite apoio jurídico. Decidir pela cirurgia correta, com o material indicado, não é luxo — é responsabilidade médica.
Seu bem-estar deve estar acima dos custos. O cuidado certo, na hora certa, pode evitar complicações futuras e garantir uma recuperação segura e eficiente.
Se você está passando por isso, converse com seu médico. Juntos, vocês poderão buscar o melhor caminho — e garantir que sua cirurgia seja feita com qualidade, respeito e segurança.
fontes:
https://www.ans.gov.br/component/legislacao/?view=legislacao&task=TextoLei&format=raw&id=MzQzOQ==
